E quando a hora chegar, volta....

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quinta-feira, 24 de junho de 2010


Por que por muitas vezes eu decidi me julgar

Já que, não aceitaria que ninguém fizesse por mim, diria que ninguém é digno

De julgar alguém, se cada um sabe de si, só cada um pode julgar-se, pelo menos é o que parece ser algo justo.

Se em todos os erros, todos os deslizes inconsequentes, todas as falhas, no fundo, só era você e você mesmo fazendo sua própria balança, sem ao menos importar-se com diabinhos ou anjinhos a pertubar-te os ouvidos. Por esse motivo, por esta posição, decidi hoje me julgar.

Julgo-me como muitas vezes, fraca, faltou-me mais coragem, mais fé. Sempre identifiquei meus pontos fracos, mas como uma criança que não tem dimensão de perigo, ou melhor, do castigo, fui muitas vezes repetir os meus próprios erros, os erros dos outros. É sempre assim, um sorriso e milhões de lágrimas, de desenganos, de decisões sem se cumprirem, e eu sinto vontade de descer, de cair e de sumir.

Por que se só eu posso fazer-me diferente e melhor, por que não me faço, por que fico me repetindo sempre.

Creio mesmo, que muitas vezes somos a densa nuvem que encobre nosso sol, nós é que nos impedimos de sermos luz, de refletir luz.

Mas é tão dificil julgar-se, por isso talvez Deus, se encarregou de árdua tarefa. Quando se é o problema e simultaneamente a solução, e mesmo assim não nos resolvemos, ou pelo menos não somos aquilo que verdadeiramente queriamos, a nossa alma chega a chorar, e algum brilho é perdido.

Se assumir senhor do seu destino é tão dificil quanto julgar o que é melhor para outro, mesmo sabendo que ali é outro universo, outras estrelas brilham.

Acho que julgar-me sempre será necessário, ser minha mãe, minha dona, isso me fará sim, melhor. Não que esteja satisfeita, mas pensando assim renovo minha esperança, que de fato e sem piedade o amanhã será melhor, me farei melhor.

[por que um dia me disseram que desistir de si é pura covardia, e eu sou do mundo em que felicidade é fazer a alma sorrir junto com o coração, não me permito levar tal adjetivo. Ser covarde é pra que não brilha]

Thaís B.